segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A importância da persuasão na Advocacia

Desenvolver sua competência retórica deve ser um dos principais objetivos do advogado que almeja o sucesso


“Seja um bom ouvinte. Incentive os outros a falar sobre eles mesmos”. Dale Carnegie, no livro Como fazer amigos e influenciar pessoas


A capacidade de influenciar pessoas sempre foi um dos fatores de sucesso na advocacia. Desde os mais remotos tempos, os juristas com grande capacidade retórica se sobressaíam nos tribunais apelando para o poder da oratória, ora vencendo causas difíceis, ora construindo relacionamentos e influenciando a sociedade. Grande parte dos advogados consagrados têm em comum uma grande capacidade de persuasão.   

Dada a importância estratégica da persuasão para alcançar o sucesso no setor jurídico, cabe aos advogados conhecer melhor esta ciência e procurar aperfeiçoá-la, tornando-a uma ferramenta útil tanto no exercício da profissão quanto na conquista e fidelização de clientes.  

Embora seja um termo pouco usado no dia a dia, e conceito raramente difundido na literatura, a persuasão tem um poder incalculável, e pode ser utilizada tanto para realizações nobres quanto para enganar as pessoas. Profissionais como médicos, advogados, engenheiros, sacerdotes e políticos podem praticá-la para influenciar positivamente seus clientes ou seguidores, assim como vigaristas, maus políticos e comerciantes inescrupulosos utilizam-na para ludibriar pessoas de boa fé.

A origem da palavra persuasão vem do latim, “persuadere”, que significa aconselhar, ou numa tradução livre, “aconselhar alguém até que este concorde em fazer o que queremos”. Muitos confundem persuadir com convencer, mas é um engano, pois são conceitos bem diferentes. Enquanto convencer é derivado da palavra “vencer”, e significa que o convencido foi, antes de tudo, “vencido” pela argumentação oposta, persuadir, ao contrário, significa aconselhar, levando a pessoa a realizar alguma ação. 

Uma pessoa pode estar convencida da importância de realizar alguma atividade, e, no entanto, não fazer nada a respeito. O advogado pode tentar convencer o cliente de que seu escritório tem as melhores condições para atender as necessidades dele, no entanto, de nada valerão todos os argumentos apresentados, pois o cliente só contratará o serviço se for persuadido a fazê-lo.

Ao contrário do convencimento e da imposição pela autoridade ou força física, a persuasão lida com a vontade das pessoas. Ela se estabelece através de uma comunicação suave e elegante. A pessoa persuadida age de acordo com a vontade do persuasor, mesmo que seu intelecto não esteja convencido da verdade ou da importância do assunto. Por isto, a persuasão é uma arma poderosa e ao mesmo tempo perigosa. Quem não conhece inúmeros exemplos de políticos que, mesmo sendo reconhecidamente corruptos e mal intencionados, ainda assim vencem eleições sobre candidatos íntegros e honestos?

A persuasão é uma técnica que pode ser aprendida por qualquer pessoa através de treinamento. Assim, podemos afirmar que a persuasão é uma ciência, pois seus conceitos acompanham uma lógica, têm uma estrutura e, portanto, pode ser desenvolvida. Na verdade praticamente todas as pessoas têm alguma capacidade de persuasão, e a utilizam diariamente para tentar conseguir algo daqueles com quem convivem. Claro que alguns têm esta habilidade inata bem mais desenvolvida que outros.

Podemos dizer que a persuasão tem também um lado artístico, pois quando aprendemos a utilizá-la de maneira natural, graciosa e inconsciente, sem mesmo pensarmos que estamos persuadindo alguém, ela se torna uma arte. Todos nós conhecemos inúmeros exemplos de comerciantes, vendedores, líderes religiosos, políticos e, porque não dizer, vigaristas, que tem uma “lábia”, muito eficaz. São pessoas que possuem uma comunicação poderosa, que envolvem os interlocutores com seus “conselhos”, e acabam conseguindo exatamente o que querem.

O velho golpe do “bilhete premiado”, aplicado por vigaristas há décadas, é um exemplo clássico do poder nefasto da persuasão. Mas também podemos citar inúmeros casos de líderes que, com seu carisma e poder de persuasão, conseguem motivar as pessoas, mobilizando-as para realizarem feitos e superar dificuldades em momentos difíceis.

Dois exemplos clássicos são os lideres Martin Luther King e Mahatma Gandhi que operaram revoluções pacificas em seus países, sem utilização de qualquer poder ou força, apenas usando a palavra falada.

Os maiores persuasores são, antes de tudo, grandes conhecedores da alma humana. Eles conseguem fazer uma “leitura” do pensamento e dos sentimentos das pessoas, descobrindo seus desejos e necessidades, muitas vezes ocultos,  e baseados neste entendimento utilizam argumentos que irão  influenciá-los.

O presidente Getúlio Vargas, foi um mestre na arte de persuadir. Existem varias histórias a seu respeito, mostrando sua arte de influenciar as pessoas.

Getúlio conhecia profundamente a natureza humana. Ele sabia que era inútil criticar e contradizer os outros. Era hábito seu prestar atenção às pessoas, interessar-se pelos seus problemas, dar razão a todos e, no final, as pessoas fazerem o que ele queria.


Quais são as principais técnicas para tornar-se persuasivo?
Aristóteles, que no capítulo II de seu livro Arte Retórica, definia a retórica como “a arte de descobrir o que há de persuasivo em cada assunto”, nos mostra três caminhos para a persuasão: primeiro devemos apelar para a vontade das pessoas, depois para a sensibilidade e por último para a inteligência. Determinadas pessoas se guiam mais pela vontade, outras pela sensibilidade e algumas predominantemente pela razão e inteligência.

Ele defendia que devemos sempre apelar para os três
aspectos da psicologia humana, mas dar ênfase àquele em que a pessoa
for mais influenciável.

Para nos tornarmos persuasivos, é preciso, também, observar dois
aspectos principais da comunicação interpessoal: A forma e o tipo de
linguagem.

A forma como nos comunicamos desempenha papel fundamental no
processo, pois é importante, desde o início, conquistarmos a simpatia de quem vai ser persuadido. Através da postura corporal, dos gestos e
do tom de voz, é possível conquistarmos confiança e
credibilidade.

Já o conteúdo da persuasão deve ser comunicado numa linguagem adequada
ao tipo de pessoa que estamos tentando persuadir. Por exemplo, pessoas
humildes preferem que falemos numa linguagem simples, e pessoas
cultas são mais sensíveis a uma linguagem intelectual. Alem disto, é
preciso atingir o lado emocional destas pessoas, falando de coisas
agradáveis e estimulando suas paixões.

Cada pessoa é mais bem influenciada por determinados aspectos
num processo de persuasão. Fazendo uma generalização, com o objetivo de
demonstrar este processo,  diríamos, por exemplo, que as mulheres tendem a ser mais influenciadas por argumentos que demonstram beleza e sensibilidade, enquanto que, para persuadir comerciantes, devemos apelar para argumentos práticos como ganho financeiro, por exemplo. No caso dos magistrados, a melhor forma de persuadi-los é apelar para argumentos que envolvam justiça, credibilidade, honra, o bem comum e as leis.

A persuasão nos tribunais
É conhecida a fama de grandes juristas que utilizam a dramatização no
tribunal do júri para influenciar jurados e até os juízes em suas
alegações. O que eles fazem, essencialmente, é apelar para o lado
emocional das pessoas.  É o caso de um dos mais famosos advogados criminalistas do Brasil, o falecido jurista Dr. Evandro Lins e Silva, que chegou a ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Era famosa sua capacidade oratória nos tribunais.


A importância da persuasão para juízes e promotores
A persuasão é cada vez mais importante em praticamente todas 
as áreas do Direito. Hoje em dia não é mais possível conseguir cooperação
das pessoas através da força, da imposição ou fazendo valer a
hierarquia; esta época está superada. O termo “manda quem pode,
obedece quem tem juízo”, não encontra mais espaço
nos dias atuais.

Juízes e promotores, que criarem o hábito de utilizar o poder da persuasão
para conseguir a cooperação das pessoas, obterão melhores
resultados e terão menos atritos de relacionamento, sem
prejudicar sua autoridade. A capacidade de persuasão de promotores e juízes pode, por exemplo, facilitar muito a conciliação entre as partes de um
processo, evitando demandas longas e custosas para o serviço público e
para todos os envolvidos.


A importância da  persuasão no relacionamento com o cliente
O relacionamento adequado com os clientes pode ser uma das principais táticas de marketing jurídico para um advogado. Uma comunicação persuasiva promove relacionamentos excelentes e duradouros, e possibilita que o
profissional consolide sua marca e obtenha continuamente indicação de
novos clientes. Além disto, a persuasão ajuda o advogado a obter maior cooperação de seus contratantes durante o processo, evitando eventuais atritos ou estresse gerados por determinados processos.


Que argumentos evitar durante a persuasão
Uma das maneiras de um orador tornar-se eloqüente e persuasivo é transmitir sinceridade. Sob nenhum pretexto o advogado deve utilizar falsos argumentos,
mentiras e termos excessivamente técnicos, que fujam à compreensão de
seus interlocutores.


Sugestões para advogados tornarem-se mais persuasivos
Apesar de perceber que esta tendência está começando a mudar, em nosso trabalho de consultoria em marketing jurídico percebemos que ainda existe no 
setor uma cultura voltada mais para os embates do que 
para a negociação e o bom relacionamento interpessoal.

A sugestão é que os operadores do direito comecem a
desenvolver, além dos aspectos técnicos de sua profissão, as
competências comportamentais relacionadas à inteligência emocional
como: empatia, comunicação interpessoal, motivação, liderança e
capacidade de negociação.


Dicas práticas que poderão ser úteis:
· Procure fazer elogios sinceros
· Dê atenção, demonstre interesse e ouça de fato as pessoas
· Evite criticar e condenar quem quer que seja
· Sorria sempre que possível
· Trate todos pelo nome
· Evite discussões
· Evite queixar-se demasiadamente.

Estas são algumas regras de relações humanas que, se utilizadas
habitualmente, farão com que nossa capacidade de persuasão seja
naturalmente melhorada.

Acreditamos que desta forma, o desenvolvimento da capacidade persuasiva será um fator da maior importância para o sucesso dos operadores do Direito, sejam eles juízes, promotores ou advogados. Nos escritórios de advocacia,  a persuasão pode tornar-se, também, um fator decisivo na consolidação do escritório, no futuro dos negócios e nas relações com sócios, colaboradores e clientes.

Ari Lima
(31) 3643-4980 – (31) 8813-5871
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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A importância da marca para um escritório Jurídico

O valor dos serviços advocatícios é definido pelo reconhecimento no mercado das competências do profissional 
“O marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções”  Al Ries, co-autor de “Marketing de Guerra” 
A construção da marca das empresas, dos produtos, dos serviços ou do profissional sempre foi importante para o sucesso nos negócios. No mundo atual, com globalização, competição acirrada e ofertas abundantes tornou-se essencial a diferenciação entre tantos conceitos. Na advocacia moderna, estas afirmações são cada vez mais verdadeiras, dado o grande número de profissionais e escritórios oferecendo serviços, a cada dia mais difíceis de serem distinguidos pelos clientes. 

Segundo Philip Kotler, em seu livro Administração de Marketing, São Paulo, 10ª Edição, 2004, uma marca é um nome, termo, símbolo, desenho - ou uma contribuição desses elementos - que deve identificar os bens ou serviços de uma empresa e diferenciá-los da concorrência.

Essa prática é anterior à Revolução Industrial. Nas oficinas medievais as marcas já eram utilizadas. O artífice, obrigatoriamente, colocava o seu sinal em produtos como ouro, prata e tecidos. Hoje, vivemos sob o domínio de símbolos e conceitos e, nesse contexto, a marca de uma empresa ou produto é a síntese de seus valores.

Para um escritório jurídico, a marca pode tornar-se o ativo mais importante, superando o seu patrimônio material. É comum a marca de o escritório sobreviver à morte do fundador e permanecer influenciando o mercado através de seus sucessores. Para a maioria dos escritórios famosos, no entanto, foram necessárias varias décadas para a consolidação de sua reputação no mercado.

A questão fundamental que se coloca, para os pequenos escritórios e novos advogados, é a seguinte: é possível construir uma marca e uma reputação positiva no mercado, de forma planejada, em um prazo relativamente menor do que os tradicionais? A resposta é sim, porém é preciso desenvolver uma série de ações coordenadas para alcançar este objetivo.

Construção da marca 

A construção da marca é uma das principais tarefas de um escritório jurídico, uma vez que ela será o fator fundamental na pavimentação do caminho para o sucesso do escritório e de seus profissionais.

Principais vantagens de se ter uma marca consolidada do escritório:

* Captar clientes com maior facilidade - uma marca reconhecida no mercado facilita a captação de clientes, pois populariza o escritório junto a seu público alvo.

* Diferenciar o escritório dos concorrentes - uma marca consolidada no mercado possibilita ao cliente diferenciar o escritório em um mercado competitivo. Esta diferenciação será altamente positiva no processo de escolha, negociação e tomada de decisão.

* Negociar honorários em melhores condições - uma das principais dificuldades dos advogados é a negociação de honorários, uma vez que a prestação de serviços advocatícios não é um produto tangível, e do cliente nem sempre ter uma percepção real da importância e da complexidade do serviço prestado. Se o escritório, ou o advogado, tem uma reputação positiva e reconhecida no mercado, a tendência é o cliente valorizar mais a prestação do serviço, e aceitar com maior facilidade o valor cobrado.

* Facilitar a decisão de compra - confirmar a contratação dos serviços é sempre uma decisão difícil por parte do cliente e de muita ansiedade da parte do advogado. O escritório que possui uma marca reconhecida no mercado gera confiança e maior segurança no cliente, que sente-se tranqüilo para realizar a contratação.

Como desenvolver ações para construir a marca de um escritório

Todo plano de marketing necessita de um conjunto de ações que visem à construção da marca do escritório e consolidem a reputação de seus advogados junto à sociedade. Vamos apresentar a seguir algumas ações que ajudarão a construir a marca do escritório:

* Criação da logomarca e padronização de cores e design do escritório - para a construção da marca de um escritório, o primeiro passo é a elaboração de uma logomarca compatível com a posição que se quer estabelecer no mercado, além do estabelecimento de padrões e cores para o material gráfico a ser utilizado como, blocos, impressos, cartão de visita, folders e página na internet.

* Publicação de artigos - utilizar a produção literária para difundir suas idéias e se tornar reconhecido como autoridade jurídica na sociedade, recurso utilizado por grandes juristas, atuais e do passado.

* Realização de eventos - ministrar palestras, cursos e conferências, torna o advogado reconhecido como especialista e autoridade na área em que trabalha, ajudando-o a construir sua marca e uma reputação positiva no mercado.
* Participação em eventos, associações e entidades - participar de eventos, tornar-se membro de associações e entidades, inclusive procurando, eventualmente, participar de sua diretoria, expõe de maneira positiva a carreira do advogado, que rapidamente constrói sua marca.

* Relacionamento com clientes - manter um relacionamento freqüente com os clientes é expor a marca do escritório e o nome do profissional junto a este grupo. O contato contínuo consolida a marca junto ao cliente e repercute o nome do escritório junto a outros grupos que fazem parte do ciclo de relacionamento dele.
* Construir rede de relacionamentos - a networking é uma excelente forma de construir a marca, pois difunde o nome do profissional e de seu escritório junto a um grupo de pessoas conhecidas, que por sua vez poderá repercutir esta marca em outros grupos, criando um circulo virtuoso de relacionamento.

* Relacionamento com a imprensa - todas as ações anteriormente apontadas ajudarão o profissional a chamar a atenção da imprensa. Um advogado de grande reputação costuma ser solicitado a dar entrevistas, participar de matérias, e dar sua contribuição em reportagens.
É fato reconhecido que, em termos de atendimento e qualidade de serviços, os escritórios de grande reputação prestam serviços equivalentes a muitos outros escritórios, porém são muito melhor remunerados.

Em nosso trabalho de consultoria em marketing jurídico, percebemos que uma das principais reclamações dos advogados é a dificuldade de reconhecimento do valor de seu trabalho. Por menor que seja o valor proposto para a cobrança de seus honorários, os clientes sempre acham o preço alto.

Esta situação ocorre justamente quando o advogado e seu escritório são pouco conhecidos e ainda não construíram uma marca e uma reputação positiva no mercado. Nestes casos, a marca do escritório, que é seu principal patrimônio, desempenha um papel fundamental, gerando credibilidade e confiança suficientes para que seus clientes aceitem pagar um valor superior pelos serviços prestados.

Quanto maior o reconhecimento social, mais facilmente os profissionais alcançarão o sucesso. Acreditamos que a construção da marca de um escritório jurídico deve ser um dos objetivos prioritários na trajetória das sociedades de advogados.

Ari Lima 
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A importância da internet na Advocacia

A Web está se tornando uma poderosa ferramenta de marketing jurídico

"Em alguns anos vão existir dois tipos de empresas: As que fazem negócios pela Internet e as que estão fora dos negócios" (Bill Gates)


A internet apresenta-se neste cenário como importante alternativa de marketing para conquistar clientes. Além de possibilitar a captação de novos negócios, ela facilita o relacionamento, e um melhor atendimento das necessidades destes clientes. A WEB possibilita facilidade de busca de conhecimentos para os clientes, e pode promover a disponibilização de informações úteis, inclusive sobre andamentos de processos, 24 horas por dia, pois existem programas gerenciais que disponibilizam estas comodidades.
Ao final de 2007, 9,5 milhões de consumidores já haviam feito pelo menos uma compra pela internet, 35,7% a mais do que em 2006, segundo levantamento da consultoria e - bit. Nesse comparativo, a movimentação do comércio eletrônico cresceu 43,2%, para R$ 6,3 bilhões. Já o varejo convencional teve expansão de 11,8% na receita nominal, conforme matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, do dia 12 de março de 2008.
Existem diversas formas de promover o escritório e captar clientes para o setor jurídico através da internet que são compatíveis com código de ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Vejamos algumas das principais:

· Publicação de artigos em sites – Qualquer advogado poder produzir artigos de interesse de seu mercado alvo, que devem ser escritos numa linguagem adequada ao público dirigido.

· Utilização de blogs – Muitos advogados já estão utilizando os Blogs personalizados (sites com modelos pré-estabelecidos, fornecidos gratuitamente na internet por diversos provedores como yahoo!, uol e google). Nos blogs, é possível publicar fotos, artigos, informações sobre o escritório, sobre os sócios e temas atuais, além de noticias diárias publicadas na imprensa, e, claro, o endereço, logomarca e telefone de contato.

· Site – Que é a página virtual do escritório na internet. Nele o advogado poderá publicar informações sobre o escritório, incluir o currículo dos profissionais, divulgar notícias, fotos dos advogados e de eventos que participam, publicar artigos e outros serviços úteis a seus clientes. É um canal de comunicação com o mercado em geral, disponibilizado 24 horas por dia, e também uma ferramenta de marketing e vendas. Nele o profissional poderá promover os serviços que presta, a forma como trabalha e a relação de seus principais serviços executados. Também pode cadastrar clientes e receber perguntas, além de possibilitar o acompanhamento de processos através de senhas de acesso previamente estabelecidos.

· Newsletter – Que é uma espécie de jornal virtual, enviado periodicamente aos clientes e leitores cadastrados. Esta é uma forma dinâmica de interagir com o mercado, prestando informações úteis e atualizadas.

· Outras alternativas – Também é possível também promover o escritório através de links patrocinados, comunidades profissionais, grupos de discussão e diversas outros mecanismos que a internet possibilita. Um ótimo exemplo é de um grande portal que existe na internet chamado VIA6, compostos de milhares de comunidades de profissionais em diversas áreas. É semelhante ao Orkut, porém sua finalidade é criar uma grande rede de relacionamentos profissionais, e possibilitar a realização de negócios e troca de informações estratégicas e úteis aos participantes.

Os números em ralação ao potencial da internet são impressionantes. Segundo levantamentos realizados pelo IbopNetRating, o Brasil tinha em fevereiro de 2008, aproximadamente 40 milhões de internautas. É líder mundial de horas mensais de acesso à rede, superando paises como EUA, Japão e França e Inglaterra. Pela mesma pesquisa, cerca de 800 milhões de mensagens instantâneas circulam pela rede brasileira diariamente.

A ONU calcula que 1,2 bilhão de pessoas têm acesso à internet, o que representa cerca de um sexto da população do planeta. Há dez anos, eram 70 milhões de internautas. Esses números colocam o Brasil, de acordo com pesquisa concluída no fim do ano passado pela ONU, na sexta posição em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (210 milhões de internautas), China (162 milhões), Japão (86 milhões), Alemanha (50 milhões) e Índia (42 milhões).
De acordo com estas pesquisas a internet é o segundo meio de comunicação mais abrangente do Brasil, atrás apenas da televisão. Chegou-se a dizer que este é um meio elitizado, utilizado apenas pelas classes A e B. Mas a pesquisa mostra que as classes C e D utilizam amplamente a internet, via acesso em redes públicas e Lan House.
No ano passado, os brasileiros compraram mais computadores (10,5 milhões de unidades) do que televisores. As vendas continuam a crescer em 2008, o que justifica previsões de que, no fim do ano, haverá 45 milhões de internautas no País.
Os internautas utilizam de maneira freqüente a internet para diversas atividades, desde a compra de produtos, pesquisa de informações, lazer, relacionamentos profissionais, parcerias, negócios e até relacionamentos pessoais.

Agora vamos supor que alguém esteja com um problema ou dúvida na área jurídica. É provável que esta pessoa faça uma busca na internet sobre este assunto. Ao colocar o tema de suas preocupações em sites de busca como o “google” ou “yahoo”, acabará encontrando um artigo, blog ou site do escritório de advocacia que o publicou, e neste caso terá um canal de comunicação direta com o advogado ou seu escritório. Simples assim.

Outro exemplo vamos supor que um pequeno empresário está com sua empresa em dificuldades financeiras ou fiscais. Se esta pessoa acessar um site de busca na internet, e colocar as palavras: “recuperação de empresas”, provavelmente encontrará artigos, informações e matérias sobre o tema, incluindo escritórios jurídicos que prestem consultoria sobre este tipo de serviço.

Também um escritório de advocacia que necessite de um contato em uma área complementar a sua, ou mesmo numa região geográfica diferente de sua sede, poderá localizar um possível parceiro através destas pesquisas na internet, procurando pelo assunto nos mecanismos de busca.

Através destes mesmos procedimentos, um repórter poderá localizar um advogado, caso esteja precisando de mais informações ou mesmo de uma entrevista quando estiver escrevendo uma matéria relacionada à área do escritório de advocacia. Ou seja, são muitas as possibilidades de promoção do escritório de advocacia através da internet.

Em nosso trabalho de consultoria, temos acompanhado a implantação, com sucesso, destes procedimentos em muitos escritórios jurídicos. Com este sistema advogados e escritórios anônimos passam a ser conhecidos e consultados por internautas, não apenas em sua localidade, mas em todo o Brasil, e mesmo no exterior.

Para tornar este processo eficaz, os advogados precisam incorporar a prática de publicar artigos, matérias e informações na internet, às tarefas do dia a dia do escritório, tornando-a habitual. Apesar de ser um trabalho que demanda certa disponibilidade de tempo, grande parte dele pode ser delegada a colaboradores, secretarias e estagiários, deixando o profissional livre para o trabalho intelectual, contato com clientes e processos judiciais.

Sugerimos que os profissionais elaborem uma espécie de sistema, para a produção e divulgação de informações através da internet, da seguinte forma:

·         Criar o hábito para que todos os sócios e advogados do escritório, produzam matérias, artigos e informações relacionadas à sua área de especialização, com o objetivo de informar e prestar serviços ao seu público. Dados estatísticos e informações relevantes são imprescindíveis para despertar atenção e interesse.

·         Definir uma rotina para o profissional do escritório que fará a publicação deste material e o controle das mensagens que ocorrem normalmente através de e-mail.

Com este conjunto de medidas, de baixo investimento e fácil aplicação, acreditamos que a utilização do potencial da internet para a promoção do escritório, captação de clientes, de parceiros e formação de uma rede de relacionamentos, trará grandes benefícios para o escritório de advocacia e seus profissionais.

Ari Lima
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A importância da negociação na Advocacia

"Ao lidar com pessoas, lembre-se de que você não está lidando com criaturas de lógica, mas de emoção." - Dale Carnegie 



Sabemos que o setor jurídico é recheado de situações conflituosas, 
justamente pelo fato de a Justiça ser a principal instituição responsável pela solução dos contenciosos sociais. Magistrados, promotores, advogados e demais participantes deste ambiente vêem-se corriqueiramente às voltas com a necessidade de resolver complexas disputas dentro dos limites impostos pela lei. Os principais agentes envolvidos nestas questões já perceberam que a mediação e o acordo são as melhores ferramentas para resolver a maior parte destes conflitos, por isto destaca-se a importância que têm a habilidade de negociação neste processo. 

É comum ocorrem conflitos graves que não foram resolvidos adequadamente nos tribunais e cuja sentença foi amplamente favorável a uma das partes, deixando o outro lado insatisfeito e dessa forma gerando a continuidade do conflito após decisão judicial. Em geral uma boa negociação resolveria a maioria destes conflitos.

Estes acontecimentos extremos, entretanto, são exemplos dos inúmeros casos de decisões judiciais que criaram problemas posteriores. Muitos acordos são desrespeitados e conflitos mantidos após a sentença judicial, além de outras situações inadequadas, simplesmente por falta de habilidade na condução da negociação.

É necessário, portanto, desenvolver esta competência, tão fundamental na solução de conflitos. A negociação é uma habilidade que pode e deve ser aprendida, basta que se procure respeitar alguns princípios básicos.

Todas as negociações de perde-ganha, em que uma das partes fica prejudicada em relação à outra, acaba se degenerando em uma situação pior ainda, a de perde-perde, em que todos são prejudicados. Por isto, é necessário buscar o acordo ideal, tipo ganha-ganha, em que se consegue conciliar os interesses de todas as partes envolvidas, dentro do possível, sem que nenhuma dos lados sinta-se prejudicado ou injustiçado.
Como diz o consultor americano William Ury, fundador e diretor do curso de Negociação da Harvard Business School, e considerado um dos maiores especialistas do mundo no assunto, o principal atributo de um bom negociador é ouvir o outro lado e entender quais são seus reais interesses. Esta não é uma tarefa fácil, pois normalmente quando as pessoas se envolvem em uma negociação, cada lado fica pensando apenas em seus próprios interesses e problemas.

Advogados não sabem negociar 

Apesar de a negociação ser, em geral, a melhor alternativa para solução de conflitos jurídicos, poucos advogados tem competência para promover conciliação e mediação de interesses. A afirmação foi feita pelo consultor Renato Hirata, sócio da Hirata Consultores & Associados e professor de Negociação Estratégica e Gerenciamento de Conflitos e Comportamento Organizacional do Ibmec-SP, que realizou uma pesquisa entre advogados brasileiros e descobriu que eles se preocupam somente com a defesa e a decisão judicial e não tentam uma negociação entre as partes.

A falta de qualificação em negociação dos operadores de Direito é explicada pela pouca ênfase dada a este conceito nos currículos universitários. Matérias como: comunicação e relacionamento interpessoal, psicologia, sociologia e antropologia são pouco destacadas na formação do advogado.

Ao contrário, as faculdades de Direito diplomam profissionais com enfoque muito mais adversarial, acusatório e rígido, e, como conseqüência, tornam estes profissionais mais inflexíveis.

Os especialistas costumam enfatizar que numa boa negociação é importante o enfoque preventivo, para se evitar danos a longo prazo. Buscar apenas o que parece ser vantajoso no presente, sem visualizar as conseqüências futuras pode trazer conseqüências indesejáveis. Mesmo que um acordo não seja atrativo inicialmente, precisa ser sensato e baseado nos interesses das duas partes. O advogado precisa levar o cliente a raciocinar em termos de custos econômico e emocional, para ajudá-lo a aceitar um acordo.

Alguns componentes se destacam como pré-requisitos para uma boa negociação:

* Desenvolver empatia e uma comunicação interpessoal eficaz - Na comunicação interpessoal é preciso estar certo de que a mensagem que queremos transmitir é comunicada de maneira adequada. Também devemos ficar atentos aos sinais verbais e não verbais que recebemos. Após fazer uma proposta, se prestarmos atenção, poderemos perceber se o outro lado concordou ou não conosco, e se está disposto a ceder ou não, mesmo antes dele afirmar isto. Devemos observar se há congruência entre o que a pessoa está dizendo e sua mensagem não verbal. Além disto, a empatia é um ingrediente que facilita a aceitação de nossas propostas pela parte contrária.

* Ter flexibilidade, evitando radicalismos - A Flexibilidade é uma virtude. Devemos sempre buscar um acordo com certa margem para negociar, pois do contrário pode-se ficar em dificuldade caso não haja possibilidade de ceder em algum ponto. Devemos nos manter atentos aos interesses, desejos e necessidades da parte contrária, e sabermos ser flexíveis no momento certo.

* Evitar que uma das partes seja prejudica ou injustiçada - Buscar um acordo que podemos chamar de ganha-ganha, em que ao final da demanda, as duas partes fiquem com a sensação de que obtiveram uma vitória relativa, em algum nível. A sensação de que houve injustiça, ou de que o acordo foi prejudicial a uma das partes, em função de esta haver sido forçada a ceder por estar com a “faca na garganta”, como se costuma dizer, pode gerar no futuro uma situação indesejada para todos.

* Manter um relacionamento de respeito e cortesia durante o processo - Em qualquer tipo de demanda, mesmo as mais difíceis, cabe aos negociadores manterem sempre uma atitude profissional, civilizada e de respeito humano com os envolvidos. Muitos acordos são prejudicados em função das dificuldades de relacionamento pessoal entre as partes, principalmente quando estas influenciam o comportamento dos negociadores.

A revista Visão Jurídica (julho de 2006) nos ilustra este fato ao relatar uma notícia sobre o Juiz Charles Greene, chefe da Justiça Criminal na cidade de Broward (Flórida, EUA), que se envolveu numa situação constrangedora por ter feito um comentário considerado racista, e acabou sendo transferido de cargo. Este episodio resultou numa determinação para que todos os magistrados e funcionários da justiça desta cidade recebessem treinamento de “ sensibilidade racial, religiosas e ética”.

* Conhecer as razões da parte contrária, mesmo que não se concorde com elas - No livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, Dale Carnegie (Companhia Editora Nacional, 1981), cita a seguinte afirmação de Al Capone, “Passei os melhores anos de minha vida proporcionando os mais verdadeiros prazeres ao povo, ajudando-o a divertir-se, e tudo que consegui com este meu gesto foi insultos e a existência de um homem caçado”. Neste livro clássico, um dos mais lidos da história, o autor quer dizer que, mesmo quando estão infringindo a lei, as pessoas têm suas razões particulares, e, para conseguirmos realizar um acordo com estas pessoas, é preciso “entender” suas razões e tentar lidar com elas de maneira tranqüila..

* Prudência e cautela - Em seu livro “A Arte da Negociação”, (Editora Campus, 1987), Donald Trump, famoso bilionário dos EUA, nos dá o seguinte conselho: “A pior coisa que você pode fazer em um acordo é mostrar-se desesperado para realizá-lo. Isto faz com que a outra parte fareje sangue, e ai você está liquidado”.

Atualmente a legislação no Brasil prevê a solução de muitos conflitos via Métodos Extrajudiciais. São conhecidos como Arbitragem, Conciliação e Mediação. Todas estas práticas são um campo fértil para o desenvolvimento da negociação e exigem, sobretudo, competência e habilidade por parte dos agentes responsáveis em aplicá-las. É certo, que a sociedade ganhou muito com a implantação destas formas de resolver conflitos, pois diminuíram os custos e os prazos para solução de milhares de processos judiciais. Na base de todas elas, está o conceito de negociação.

Portanto, concluímos que a capacidade de negociação deveria ser uma prioridade na formação de todos os operadores do Direito. Uma competência a ser disseminada nas escolas, nos escritórios de advocacia e nas instituições Judiciárias, para que as demandas judiciais possam conseguir soluções menos onerosas, menos traumáticas e mais adequadas às partes envolvidas e para a sociedade em geral.



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A evolução dos escritórios de Advocacia

A evolução do homem e do advogado - um paralelo que pode nos ensinar lições valiosas


 “Mude, antes que seja tarde demais”. Jack Welch, presidente da GE


Observar a evolução do homem, desde os primatas até os dias atuais, nos permite tirar lições úteis e apontar novos caminhos aos profissionais do setor jurídico.
Há seis milhões de anos, os primatas - elo comum na cadeia evolutiva entre o homem e o macaco - viviam em árvores. Nesta Era, viver em árvores significava ter alimentos em abundância e manter-se protegido dos predadores, ou seja, era uma “oportunidade” a ser explorada por aqueles seres.

Com o passar dos tempos, as populações de primatas foram se multiplicando, fazendo com que os recursos do setor – os espaços e os alimentos contidos nas arvores – fossem insuficientes para todas aquelas populações. Era o inicio da “concorrência predatória”. Alguma similaridade com o que ocorre hoje na advocacia?

Diante da nova realidade parte das populações de primatas desceram das árvores e foram buscar novas “oportunidades de mercado”. O mesmo que muitos escritórios de advocacia fizeram, em seu processo de modernização.
Naquele processo – descer das árvores - os primatas assumiram riscos: tiveram de procurar abrigo nas cavernas, criar ferramentas de sobrevivência e desenvolver estratégias para se adaptarem à nova realidade. Foi necessário caçar, buscar água e alimentos, proteger e transportar suas crias e se defender de predadores. Estas superações proporcionaram uma evolução em relação aos seus “parentes” que se acomodaram e permaneceram nas árvores.

Na escala evolutiva da advocacia, parte dos escritórios “desceu das arvores” e enfrentou os desafios do mercado. Criaram estratégias competitivas e ferramentas de gestão e marketing para superar os desafios. Com estas táticas e ações conseguiram evoluir e se transformar em empresas modernas e prósperas, enquanto muitos dos seus “parentes” do setor continuaram em suas “arvores”, na zona de conforto, acomodados em sua forma de atuação, estacionados no tempo.

Charles Darwin, em sua Lei da Seleção Natural, estabeleceu a teoria segundo a qual o mais capaz adapta-se às condições do ambiente para sobreviver. Este princípio aplica-se tanto à evolução das espécies quanto a das empresas e dos profissionais.

O homem evoluiu, criou a civilização, e hoje é a raça dominante do planeta, ao passo que nossos “parentes” distantes, os macacos, permanecem em suas árvores, estacionados na escala evolutiva.
Também no mercado da advocacia podemos perceber claramente a grande diferença em termos de evolução e forma de atuação de seus operadores.

Escritórios modernos, informatizados, compostos de advogados com visão futurista se utilizam cada vez mais da internet e de recursos tecnológicos, como plataforma para se relacionarem com clientes e prestarem serviços com alto grau de qualidade. Fazendo uso de parcerias, recursos gerenciais e tecnológicos, estes escritórios atendem os interesses de seus clientes, nas mais diversas localidades, por vezes em estados ou países diferentes.

Por outro lado, escritórios tradicionais têm dificuldade de atender até mesmo um número limitado de clientes, ainda que na mesma cidade, pois utilizam métodos de gestão e atendimento ultrapassados, e permanecem atuando de forma similar a dos operadores de Direito do século XIX.

A Evolução da Sociedade Exige a Evolução dos Advogados

Eis uma constatação inquestionável: ou o advogado adapta-se a nova realidade, ou estará fora do mercado. Vale aqui uma frase profética do fundador da Microsoft, Bill Gates: “No futuro existirão apenas dois tipos de empresa: as que fazem negócios através da internet, e as que estão fora dos negócios”. Diríamos que, ou os profissionais do setor se adaptam aos novos tempos ou estarão irremediavelmente “fora dos negócios”, vencidos pela “Lei da seleção natural” do setor empresarial.

Para evoluir, o advogado precisa analisar o novo cliente, conhecer seus hábitos e seu comportamento frente às novas tecnologias.

Modernamente, ao nos depararmos com algum problema, seja de saúde, jurídico, de consumo, educação ou de qualquer outra natureza, buscamos informações na internet, em sites como o Google, por exemplo. Somente a partir daí tomamos alguma atitude para resolver o problema, ou seja, é cada vez mais comum o cliente chegar até o profissional com um alto nível de informação sobre a melhor solução para o seu problema. Geralmente, ele já pesquisou o assunto exaustivamente na internet.

Este comportamento exige várias ações por parte do advogado, para não ser “pego desprevenido” durante uma reunião com seu cliente.

Os advogados precisam considerar que os clientes utilizarão cada vez mais, como fator de decisão na contratação de seus serviços, a interação dos profissionais com as novas tecnologias, pois estes recursos proporcionam um melhor relacionamento cliente/profissional. A tendência é que as reuniões sejam realizadas através de teleconferências, que permitam ao cliente e ao advogado interagirem através da internet com os mesmos recursos presenciais e o mesmo tipo de aproveitamento, economizando tempo e custos para ambas as partes. A tecnologia encurta as distâncias, fazendo com que advogado e cliente possam se reunir, mesmo estando em locais diferentes. 

A plataforma da internet prenuncia o futuro das relações entre advogados e clientes, ainda que eles morem na mesma cidade. Uma reunião via teleconferência evita o deslocamento do cliente, que deixa de gastar horas no trânsito, em geral conturbado, além das dificuldades de estacionamento e outros contratempos comuns aos grandes centros.

A modernização dos escritórios passa ainda pela utilização de processos de gestão profissional. Até mesmo os pequenos escritórios podem organizar e gerenciar seu negócio como uma empresa, criando sistemas de controle financeiro, administrativo, de produção de processos e de marketing.

Observamos que na maioria dos escritórios que nos procuram para solicitar consultoria existem diversas carências que têm comprometido as condições de modernização e adaptação às novas exigências do mercado. As mais comuns são:

  • Conhecimento do mercado – em geral desconhecem as melhores áreas de atuação e oportunidades de mercado, e quais as necessidades não atendidas  de sua região.
  • Concorrentes – têm pouca informação sobre seus principais concorrentes. Em geral não sabem quem são, como atuam, e quais são seus pontos fortes e fracos. 
  • Cliente ideal – qual o perfil econômico e social de seu cliente ideal? Quem são seus clientes mais lucrativos? Onde e como encontrá-los? Quais são suas necessidades e expectativas?
  • Marketing Jurídico – pouco ou nenhum conhecimentos sobre os princípios básicos do marketing no setor jurídico, tratando este assunto com preconceito ou com paradigmas equivocados.
  • Foco e diferenciação – atuação de maneira intuitiva e amadora do ponto de vista da gestão de seus negócios. Tentam atender uma vasta gama de áreas da advocacia, sem foco e sem um diferencial significativo, dificultando a escolha por parte do cliente, fatores que resultam em baixa margem na hora de negociar honorários.

Para tornar mais complicada a situação do setor, segundo os números do Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, o Brasil tinha, em março de 2007, mil e trinta e oito (1.038) faculdades de Direito, o que constata que, em relação a 2004, os cursos de direito praticamente duplicaram. Ou seja, a concorrência aumenta vertiginosamente, tornando necessária a busca de novos mercados e novas oportunidades.

Tendo em vista todos estes fatores, destacamos aqui uma necessidade premente de mudança. É preciso quebrar paradigmas e buscar a profissionalização de seus negócios, através da transformação dos escritórios em empresas, com todas as características que uma organização profissional precisa ter, independentemente de seu porte.

É hora dos advogados “descerem de suas árvores” e encararem os desafios do mercado. Certamente terão de enfrentar os predadores, as dificuldades, a falta de experiência e outras barreiras. As informações necessárias ao processo de mudança estão disponíveis, basta uma atitude adequada para realizar a mudança. Se permanecerem onde estão, certamente morrerão de “inanição”, pois o mercado estará cada vez mais inviável para os escritórios improvisados.

Como os primatas, que há seis milhões de anos tomaram uma decisão com coragem e atitude, espírito de inovação, criatividade e motivação, cabe aos advogados, neste momento, tomar a decisão de mudar.  Ser competente tecnicamente não basta. O sucesso está reservado somente aos empreendedores, que conquistarão um lugar de destaque em uma sociedade cada vez mais complexa.

Ari Lima
(31) 3643-4980 – (31) 8813-5871
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10 razões para iniciar agora seu plano de Marketing Jurídico

"O mercado, os concorrentes e os clientes podem aguardar. O único que não pode mais esperar a profissionalização do seu escritório é você" Ari Lima




Em função da falta de ação de muitos advogados, e com o objetivo de ajudá-los a assumir uma atitude, tomando uma decisão imediata, apresentamos um conjunto de dez razões para motivá-los a desenvolver seu plano de marketing jurídico, agora mesmo. Já foi dada a largada para a corrida pelas melhores oportunidades de mercado e quem não se antecipar acabará ficando para trás. Vamos às razões:

  • Razão 1 - um plano de marketing jurídico é como uma “receita de bolo”: pode ser elaborado em pouco tempo e seu conteúdo, na maioria das vezes, é formado por idéias práticas e de fácil aplicação. Portanto, comece agora!

  • Razão 2 – o tempo corre contra você e seu negócio. Quanto mais rápido implantar seu plano de marketing jurídico, mais rápidos serão os resultados alcançados. O que você está esperando?

  • Razão 3 – você tem inúmeros concorrentes promovendo as respectivas carreiras e negócios no mercado, através da publicação freqüente de artigos, desenvolvimento de parcerias, utilização de networking e outras ações de marketing. Você está ficando para trás. Não espere mais!

  • Razão 4 – marketing jurídico é hábito. É preciso tempo para se acostumar à nova maneira de agir na condução de seu escritório. Portanto, comece logo!

  • Razão 5 – um plano de marketing jurídico gera novas oportunidades de negócios e novas oportunidades de negócios significam mais dinheiro e prosperidade para sua banca. Então, aja agora!

  • Razão 6 – um plano de marketing jurídico pressupõe que você conquistará outros ciclos de amizade. Isso dará nova perspectiva de prazer e satisfação a sua vida pessoal e profissional. Mexa-se!

  • Razão 7 – o plano de marketing jurídico traz reconhecimento social pelos anos de esforços, estudos e trabalho, ajuda a construir sua reputação profissional e a promover a marca do escritório no mercado. O que está esperando?Aproveite essa chance!

  • Razão 8 – você obterá maior controle sobre seu negócio, previsibilidade sobre as condições financeiras e crescimento a médio e longo prazo, além de estabilidade patrimonial com a implantação do plano de marketing jurídico. Então, siga em frente!

  • Razão 9 – a implantação do plano possibilita sua visibilidade no mercado que atrairá advogados talentosos para participar de sua equipe, além da possibilidade de muitas parcerias com diversos outros profissionais, dentro e fora do setor jurídico, gerando um “ciclo virtuoso” para o seu negócio. Apresse-se!

  • Razão 10 – a realização profissional traz uma sensação de satisfação. É algo inexplicável, como conquistar o cume do Everest. Porque você não tenta iniciar agora esse desafio pessoal e profissional? Mas é preciso dar o primeiro passo. Decida-se imediatamente!

Esperamos que estas boas razões tenham conseguido convencê-lo de tomar uma atitude para iniciar seu plano de gestão de negócios. Vejamos o que significa um plano de marketing jurídico:

Em geral, um plano de marketing jurídico é fácil de ser implantado e pode ser desenvolvido a baixo custo, ou seja, está ao alcance de toda banca jurídica ou de jovens advogados que acabam de ingressar no mercado. Na verdade, trata-se de um conjunto de ações e ferramentas que, utilizadas em conjunto, ajudam a promover a carreira e os negócios do advogado.

Parte do plano de marketing jurídico é o desenvolvimento de competências pessoais do profissional, aqueles atributos que fazem parte de seu comportamento e que podem ter impacto positivo em sua atuação profissional. Qualidades como capacidade de automotivação, liderança, criatividade, estabilidade emocional, capacidade de produzir conhecimentos, comunicação e relacionamento interpessoal e capacidade de sonhar, ou seja, de focar e perseguir objetivos, são atributos essenciais que precisam ser desenvolvidos e incorporados à carreira profissional.

Também faz parte do plano de marketing jurídico a aplicação de ferramentas para captação de clientes, como a construção de uma rede de relacionamentos e de parcerias e a utilização da internet como plataforma para interagir e captar cliente. Outras ações são a utilização de cartões de visitas de maneira dinâmica, a criação de um sistema de relações públicas para a construção da marca do escritório, e muitas outras ferramentas que certamente ajudarão a promover sua carreira e sua imagem de advogado.

O mercado de consultoria, hoje, no Brasil, dispõe de excelentes consultores especializados em marketing jurídico que podem prestar consultoria e treinamento para implantação do plano, tanto por meio de reuniões e aulas presenciais, como à distância, via internet, através de teleconferências.

Com isso, quero dizer que a orientação para a implantação desses conceitos está disponível para advogados em todas as localidades do Brasil, bastando apenas a tomada de decisão de implantar esses conceitos em sua carreira e em seu escritório de advocacia.

É verdade que, até há alguns anos atrás, quando os primeiros consultores começaram a trazer a ideia do marketing direcionada à advocacia, havia muita resistência a esses conceitos, em função do temor de ferir o código de ética da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, que impunha severas limitações à utilização de propaganda e marketing no setor jurídico.

É preciso esclarecer que o “marketing jurídico” está de acordo com as regras do código da OAB. Além disso, com as distensões trazidas pelo Provimento 94/2000, comentadas no livro Marketing Jurídico (Editora Juruá, 2008) do consultor Rodrigo Bertozzi, um dos pioneiros na implantação do marketing jurídico no Brasil, fazem com que esses conceitos venham sendo cada vez mais aceitos e praticados no setor.

Muitas das ações pregadas no marketing jurídico são praticadas há décadas pelos grandes e modernos escritórios de advocacia que têm alcançado grande progresso, em particular nos últimos dez a quinze anos, através da profissionalização e implantação de gestão moderna, utilizando conceitos e ações de marketing adaptados ao setor jurídico.

Vale lembrar, ainda, que várias ações e sugestões apresentadas em nosso programa de marketing jurídico foram e vêm sendo praticadas por ilustres e grandes advogados do passado e do presente como Rui Barbosa, Miguel Reale, Pontes de Miranda e Ives Gandra Martins, entre outros.  

Todos esses conceitos e ações precisam estar “amarrados” em um planejamento coerente, ou seja, ao seu “plano de marketing jurídico”.

Ao iniciarmos uma empreitada, precisamos de motivação para realizar tarefas difíceis e para enfrentar desafios. Implantar um plano de marketing jurídico é um grande desafio, principalmente pelo desconhecido. O advogado deve se preparar para viver momentos de “pura adrenalina” ao deixar sua zona de conforto e  ser colocado diante de situações inusitadas. Mas todo esse desafio se justifica pela sensação de vitória e de sucesso que certamente será alcançado ao final dessa jornada. Boa sorte!


Ari Lima
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